Seres humanos são seres sociais complexos. Usamos certos comportamentos e rituais para comunicar, competir e encontrar parceiras românticas. A paquera faz parte normal das nossas vidas. Aprendemos esses padrões com nossas ancestrais para encontrar uma parceira agradável. Mas, mesmo após séculos de evolução humana, ainda ficamos desajeitadas e facilmente confusas quando paqueramos. Quais são os sinais de paquera, e o que podemos fazer para evitar interpretá-los de maneira errada?
Quando você pensa em paquera, o que lhe vem à mente? Provavelmente um cenário romântico com duas pessoas curtindo a companhia uma da outra. A paquera pode ser divertida e empolgante quando há atração mútua. Entretanto, uma paquera mal interpretada ou mal recebida pode se tornar um pesadelo social. Neste artigo, reunimos informações sobre como reconhecer quando alguém está paquerando e o que fazer para evitar situações constrangedoras.
Segundo antropólogas e psicólogas, a função mais básica da paquera é encontrar uma parceira adequada para a reprodução. Este tipo de cortejo dá tempo para avaliar uma potencial parceira e decidir se ela é adequada para um relacionamento e para a parentalidade. Porém, também paqueramos sem qualquer intenção de intimidade sexual futura. De fato, muitas pessoas paqueram para se tornarem mais atraentes, conseguir favores especiais, ou simplesmente aumentar a autoconfiança.
A paquera é um comportamento social adotado quando alguém se sente atraída ou interessada por outra pessoa. Pessoas paqueram independentemente do gênero ou identidade de gênero, e às vezes a paquera não tem outro sentido além da brincadeira. Estranhas paqueram, casais de longa data paqueram, e amigas podem paquerar, desde que ambas gostem. Uma paquera genuína sinaliza atração e interesse sexual ou romântico. É um acelerador que, caso ambas se envolvam, pode levar o casal para os próximos passos do relacionamento.
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No entanto, comportamentos amigáveis podem ser confundidos com paquera e interpretados de forma equivocada. E algumas pessoas simplesmente têm uma personalidade naturalmente paqueradora – seu modo padrão de interação inclui muitos sinais de flerte, mas são apenas seus jeitos extrovertidos sendo expressos.
A maneira de paquerar varia de pessoa para pessoa – seja diretamente ou de forma indireta, por meio de linguagem corporal, elogios ou cantadas. Algumas paqueram de modo ousado, sem filtro, deixando claro que estão "a fim de você", enquanto outras são mais discretas ou tímidas e deixam você com dúvidas. Algumas até paqueram sem perceber, pois não estão totalmente conscientes dos sinais de atração que seu corpo manifesta.
Há vários sinais clássicos que revelam quando alguém está paquerando. As principais indicações são brincadeiras, sorrisos, contato visual, toques acidentais e elogios. Quando alguém está paquerando, sua voz fica mais suave e baixa, retifica a postura, costuma umedecer os lábios, olhar para a boca da outra pessoa e prestar atenção total à parceira. Sinais de paquera mútua incluem aproximação física e espelhamento – quando duas pessoas sincronizam movimentos ou se imitam inconscientemente.
Embora a paquera seja um comportamento universal, mulheres e homens tendem a expressar essa atração de formas um pouco diferentes. Mulheres costumam lançar olhares de lado rápidos, sorrir e rir enquanto conversam com alguém de seu interesse; e muitas tocam nos lábios e no cabelo sem perceber, assentem com a cabeça enquanto ouvem, e se inclinam para mais perto da outra pessoa. Os homens agem de maneira semelhante, mas sua linguagem corporal tende a ser mais dominante—esticam as costas, levantam a cabeça para ocupar mais espaço e fazem brincadeiras com quem estão interessadas.
Paquerar pode ser divertido e empolgante quando acontece com a pessoa certa e no contexto adequado. E como responder ao notar sinais claros de paquera de alguém de quem você também gosta? Se não tiver certeza de que está sendo paquerada, você pode tentar:
Se a resposta for positiva, parabéns! Agora você tem mais informações, mas lembre-se de considerar o ambiente e a intensidade da paquera. A linha entre paquerar e ser apenas gentil pode ser muito tênue. Portanto, mesmo que a outra pessoa demonstre sinais de atração, não seja invasiva antes de ter certeza de que o interesse é mútuo.
Algumas são mais extrovertidas em seu modo social, parecendo mais simpáticas e encantadoras do que a média. Às vezes, pode ser difícil distinguir simpatia social de uma paquera indireta. Aqui estão alguns sinais que podem ser confundidos com paquera.
Mal-entendidos são comuns quando se trata de paquera. Afinal, a ideia é descobrir se existe uma conexão – é um terreno delicado, sem garantias. Difícil encontrar alguém que nunca tenha se frustrado ao descobrir que a outra pessoa estava apenas sendo simpática. Decepções fazem parte do processo, e não há problema nisso, desde que você saiba lidar com elegância. Por outro lado, interpretar erroneamente a paquera pode levar a atitudes inadequadas, fazendo com que a outra pessoa fique desconfortável e até culpada por ser gentil com você.
Mesmo que ache que alguém está paquerando você, nunca…
Claro, a situação vale para os dois lados. Caso sinta desconforto com o comportamento de alguém, se a pessoa está sendo invasiva ou inadequada, confie na sua intuição. Algumas são sensíveis e adaptam a conduta quando percebem seu desconforto. Outras, não entendem ou não se importam. Você pode chamar a atenção para o comportamento caso haja pessoas que possam apoiá-la, mas muitas vezes é melhor se afastar desse indivíduo e buscar um ambiente seguro. Mostramos ao outro como esperamos ser tratadas pela forma como respondemos e nos tratamos.
Paquerar é uma forma divertida de sondar o terreno para um possível romance, apimentar um relacionamento duradouro ou simplesmente se divertir socialmente quando se sente confiante e leve. Porém, assim como qualquer interação social, a paquera pode ser inadequada no contexto errado ou ser mal interpretada, mesmo que imagine estar enviando os sinais certos. Por isso, é importante reconhecer sinais de paquera e saber como responder de forma sutil, sempre evitando fazer a outra pessoa se sentir pressionada ou desconfortável.
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